ATA DA NONAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 27-9-2012.
Aos vinte e sete dias do
mês de setembro do ano de dois mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha
do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas
e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Alceu Brasinha, André Carús, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Tarciso Flecha Negra e
Valter Nagelstein. Constatada a existência de quórum, o senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os vereadores Adeli Sell, DJ Cassiá, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim,
José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro
Zacher, Moacir Alankardec, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia,
Sofia Cavedon e Waldir Canal. Após, foi apregoado Ofício s/nº, de autoria do
senhor Vendelino Gnewuch, Presidente em exercício da Associação dos Amigos do
Bairro Higienópolis, informando a relação dos integrantes de Grupo de Trabalho
formado por moradores da região afetada pelas obras de construção da III
Perimetral, em Porto Alegre. Também, foram apregoados os Memorandos nos
41 e 44/12, de autoria do vereador Beto Moesch, deferidos pelo senhor
Presidente, solicitando autorização para representar este Legislativo, no dia
de hoje, em Porto Alegre, respectivamente no 3ª Seminário Internacional de
Qualidade do Ar, a ocorrer no Salão de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, e no
Ciclo de Palestras sobre Gestão de Resíduos na Construção Civil, a ocorrer no
Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul. Durante a Sessão,
deixaram de ser votadas as Atas da Septuagésima Oitava, Septuagésima Nona,
Octogésima, Octogésima Primeira, Octogésima Segunda, Octogésima Terceira,
Octogésima Quarta, Octogésima Quinta, Octogésima Sexta, Octogésima Sétima e
Octogésima Oitava Sessões Ordinárias e da Vigésima Segunda, Vigésima Terceira,
Vigésima Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta, Vigésima Sétima, Vigésima
Oitava e Vigésima Nona Sessões Solenes. A seguir, foram apregoadas as seguintes
Declarações, informando impedimento de suplentes em assumir a vereança em
substituição ao vereador Sebastião Melo: de autoria do suplente Jorge Correa,
do dia de hoje ao dia primeiro de outubro do corrente; e de autoria da suplente
Lurdes da Lomba, do dia dezessete de setembro ao dia primeiro de outubro do
corrente. Em prosseguimento, o senhor Presidente declarou empossado na vereança
o suplente Moacir Alankardec, após a entrega de seu Diploma e Declaração de
Bens, bem como a prestação do compromisso legal e indicação do nome
parlamentar, informando que Sua Senhoria integrará a Comissão de Economia,
Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Ainda, o senhor Presidente concedeu a
palavra ao vereador Moacir Alankardec, que se pronunciou nos termos do § 8º do
artigo 12 do Regimento. A seguir, o senhor Presidente registrou a presença,
neste Plenário, dos senhores Geraldo Niederauer e Clemente Viscaíno
respectivamente Presidente e Vice-Presidente da Associação dos Amigos e
Portadores de Ataxias Dominantes, e da senhora Sônia Marchetti, representante
do Superintendente Regional do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS –,
convidando Suas Senhorias a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a
palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao senhor Clemente Viscaíno, que discorreu sobre
questões atinentes à acessibilidade em Porto Alegre. Em continuidade, nos
termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Pedro Ruas, Engenheiro
Comassetto, Sofia Cavedon e Valter Nagelstein manifestaram-se acerca do assunto
tratado durante a Tribuna Popular. Na ocasião, foi aprovado Requerimento de
autoria da vereadora Fernanda Melchionna, solicitando Licença para Tratar de
Interesses Particulares do dia de hoje ao dia três de outubro do corrente.
Após, a vereadora Sofia Cavedon formulou Requerimento verbal, deferido pelo
senhor Presidente, solicitando o envio, à Empresa Pública de Transporte e
Circulação – EPTC –, de cópias dos pronunciamentos hoje efetuados pelo senhor
Clemente Viscaíno e pelos senhores vereadores durante o período de Tribuna
Popular. Às quatorze horas e cinquenta e um minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinquenta e dois
minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Mauro Pinheiro,
Nelcir Tessaro, Idenir Cecchim, João Antonio Dib e Engenheiro Comassetto. Em
continuidade, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado, nos
termos do artigo 180, § 4º, do Regimento, a palestra sobre o tema “Padre
Landell de Moura: cem anos depois”. Compuseram a MESA: os vereadores Mauro
Zacher e Haroldo de Souza, respectivamente Presidente e 1º Vice-Presidente da
Câmara Municipal de Porto Alegre; o senhor Luciano Klöckner; e a senhora Maria
Fernanda Bermudez, Coordenadora-Geral do Gabinete de Inovação e Tecnologia de
Porto Alegre – INOVAPOA. Após, o senhor Presidente concedeu a palavra, nos
termos do artigo 180, § 4º, inciso I, ao senhor Luciano Klöckner, que se
pronunciou sobre o tema em debate. Em COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo 180, §
4º, inciso III, do Regimento, pronunciaram-se os vereadores Adeli Sell, João
Carlos Nedel, este em tempo próprio e em tempo cedido pelo vereador João
Antonio Dib, Engenheiro Comassetto e Elói Guimarães. Às dezesseis horas e três
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
dezesseis horas e quatro minutos. Às dezesseis horas e seis minutos, constatada a
inexistência de quórum, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Mauro Zacher,
Haroldo de Souza e Carlos Todeschini e secretariados pelos vereadores Carlos
Todeschini e João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Moacir Alankardec assumirá a
Vereança no lugar do Ver. Airto Ferronato. A Mesa declara empossado o Ver. Moacir Alankardec, que integrará
a CEFOR
– Comissão de
Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, em função da impossibilidade de os
Suplentes Jorge Correa e Lurdes da Lomba assumirem a Vereança. Solicito ao Suplente Moacir Alankardec
que entregue seu Diploma e a Declaração de Bens a esta Mesa.
(Procede à entrega do Diploma e da Declaração de Bens.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos
Todeschini): Solicito
aos presentes que, em pé, ouçam o compromisso que o Suplente Moacir Alankardec
prestará a seguir.
O SR. MOACIR ALANKARDEC: "Prometo cumprir a Lei Orgânica do
Município de Porto Alegre, defender a autonomia municipal, exercer com honra,
lealdade e dedicação o mandato que me foi conferido pelo povo." (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Declaro
empossado o Ver. Moacir Alankardec. O nome de V. Exa. já está aqui consignado,
Moacir Alankardec, V. Exa. integrará a Comissão
de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, a CEFOR.
O Ver. Moacir
Alankardec está com a palavra, nos termos do art. 12 do Regimento.
O SR. MOACIR
ALANKARDEC: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores e demais presentes, é com muita honra que, como
Vereador suplente, substituo temporariamente o Ver. Airto Ferronato, pessoa
pela qual tenho o maior respeito e admiração, pela sua competência, por seu
trabalho e por sua trajetória política. Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
quero ser mais um Parlamentar a serviço da comunidade porto-alegrense;
portanto, contem com meu apoio naquilo que vier em benefício da sociedade.
Gostaria de agradecer
a presença do Presidente Municipal do PSB, o Sr. Antonio Elisandro, dos antigos
socialistas Pedrinho Marchiori, Flávio Eron, João Élbio e Hermes Moreira, bem
como dos amigos do gabinete do Ver. Airto Ferronato.
Quero enfatizar,
ainda, as figuras dos Deputados Federais Luiz Noé, Stédile e Alexandre Roso;
dos Deputados Estaduais Heitor Schuch, Miki Breier e Catarina.
Gostaria de agradecer
ainda a presença do meu irmão Távora César, pessoa importante na minha vida
pessoal e profissional; do meu filho Rodrigo Marques Cesar, que hoje se
encontra de aniversário, e da minha esposa Ester. Registro a ausência da minha
filha Priscila que, por motivo de trabalho, não pode comparecer. Também
agradeço a presença dos meus amigos Jonas Dornelles, Marco Aurélio Miranda,
Enio Nardi, Adalberto, Rudnei e Júlio Marques.
Na minha trajetória de
vida, passei por vários segmentos da sociedade: na iniciativa privada, como
microempresário, e como funcionário público estadual, destacando o IPERGS e a
Polícia Civil.
Tenho um casamento com
o PSB desde 1986, quando me
filiei ao Partido. Pertenço a um Partido com figuras extraordinárias na esfera
municipal, estadual e federal, que se destacam pelo seu trabalho, competência e
trajetória política. Figuras como nosso Dep. Beto Albuquerque, hoje exercendo
as funções de Secretário Estadual de Infraestrutura; bem como nosso
Vice-Governador Beto Grill.
Agradeço
ainda àqueles que votaram em mim, acreditaram em um projeto para uma sociedade
mais justa e igualitária, com mais saúde, educação e segurança.
Sempre
tive como preocupação principal, na minha atuação pública, na área da Saúde, em
especial, a Saúde Odontológica, defendendo políticas públicas de prevenção, o
que sem dúvida nenhuma é o melhor remédio.
Enfatizo,
ainda, outras políticas públicas que julgo importantes para a sociedade, como
as voltadas para as crianças e adolescentes, bem como aquelas que se destinam a
combater a violência contra as mulheres e os idosos.
Neste
período em que estarei exercendo o mandato de Vereador, pautarei minha postura
pelo bem do Município e das pessoas da nossa Cidade, com um olhar especial às
políticas públicas aqui destacadas.
Para
finalizar, agradeço ao povo porto-alegrense a grande honra de estar hoje aqui
nesta Casa Legislativa. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Passamos à
TRIBUNA POPULAR
O
Sr. Clemente Viscaíno, representando a Associação dos Amigos, Parentes e
Portadores de Ataxias Dominantes, está com a palavra, pelo tempo regimental de
10 minutos, para tratar de assunto relativo à acessibilidade.
Compõem
a Mesa o Sr. Geraldo Niederauer, Presidente da Associação e a Sra. Sônia
Marchetti, representante do Superintendente Regional do INSS.
O SR. CLEMENTE
VISCAÍNO: Boa-tarde
a todos, boa-tarde à Mesa,
eu não estou muito acostumado com essas formalidades, então vamos passar logo
ao assunto porque temos pouco tempo. Estamos aqui em face dos últimos
acontecimentos que temos visto pela imprensa ou por relatos de agressões a
portadores de deficiências, sejam idosos, sejam crianças. Um deles aconteceu,
aqui nesta Casa, com um portador de ataxia que foi estacionar o carro e havia
um carro estacionado na vaga dos deficientes. Ele pediu para o rapaz sair, e o
rapaz quase deu um soco nele, quando ele chamou os seguranças e tal. E esse
fato nos fez pensar no que podemos fazer além disso. A segurança daqui não tem
poder de polícia, a segurança de um shopping
não tem poder de polícia, de fiscalização. A EPTC não pode entrar lá; tem
que chamar a Brigada Militar. Até a Brigada chegar, a pessoa infratora já foi
embora e vai se defender em outros lugares. Por isso ocorrem várias e várias
agressões. É um escárnio o que se faz com o pessoal portador de deficiência que
tem carro. Ou então, as próprias rampinhas de acesso nas calçadas são
bloqueadas por carros estacionados. Nós citamos o relato da Sra. Delma, que
está sentada ali nas galerias, que riscou – ela mora próximo ao Parque da
Redenção – três ou quatro carros com o símbolo do cadeirante. E ela ficou para
ver a reação de um dos motoristas ao retornar ao veículo. Quando o homem
chegou, bufou, bateu e xingou. Ela, portadora, se aproximou e disse: “Fui eu
que fiz isso aí! Eu tinha um carro melhor do que o seu. Isso foi para você
entender que eu tenho que empurrar a cadeira e tenho que passar nesse espaço
que você está estacionado!” O homem saiu bufando e acho que nunca mais ela vai
precisar se defrontar com um monstro desses.
Outra
situação: o escárnio e o quase linchamento que fazem com os portadores de
deficiência que tentam entrar num ônibus que tem o acesso ao deficiente. O povo
de dentro do ônibus grita: “Fica em casa! Você não precisa trabalhar! Está
atrasando minha ida ao trabalho!” Isso é terrível! Eu presenciei isso. Eu fiz o
motorista parar numa parada de ônibus perto da Brigada, entregar o homem lá
dizendo que não precisava levá-lo preso, que era uma questão moral. Bastava
levá-lo a uma delegacia e, depois, soltá-lo. É um ensinamento moral. (Palmas.)
Há vários e vários relatos sobre isso que a imprensa noticia ou não noticia, é
muito difícil eles entrarem nesse assunto, porque até eles não sabem o que é
acessibilidade. Ainda não sabem! E o agredido está aqui, o Geraldo, hoje
Presidente da Associação. Ele que foi agredido aqui na Câmara de Vereadores. Em
vista disso, nos reunimos com a Ver.ª Sofia, com o Ver. Comassetto e fizemos
uma “multa moral” (Lê.): “Multa Moral – campanha educativa “Multa Moral”, que
diz respeito às vagas exclusivas para idosos e deficientes em estacionamentos
públicos e privados com o objetivo de orientar a população. Tal iniciativa
decorre do fato de que se tem se tornado frequente a permanência de veículos
não autorizados nessas vagas que são adaptadas às necessidades de quem
realmente precisa. Para obter o direito de usufruir desses espaços, a pessoa
com deficiência deve ter o seu veículo credenciado na Secretaria Municipal de
Acessibilidade (Siqueira Campos, 1.300), onde recebe um cartão de identificação
sobre a sua condição para deixar exposto no vidro do carro, assim podendo
estacionar livremente naquelas vagas. [Acho que as pessoas não sabem da
existência dessa Secretaria de Acessibilidade. Precisa ser informado isso à
população, precisa colocar isso no ônibus, alguma maneira para que as pessoas
saibam que tem essa Secretaria.] Os motoristas que utilizam as vagas reservadas
para idosos e pessoas com deficiência, sem estarem habilitados, estão sujeitos
à multa de R$ 53,20 e três pontos na Carteira, além do recolhimento do veículo.
[O que é raro, o recolhimento do veículo nunca!] No entanto, muitas vezes isto
não é suficiente para evitar a situação: o que para alguns são ‘cinco
minutinhos’, para outros pode significar muito. A Multa Moral não possui valor
pecuniário; seu objetivo é apenas alertar e educar, sendo posta no painel do
veículo ou entregue diretamente ao motorista infrator para alertá-lo”. Nós
temos um cartazinho que mandamos fazer, tem alguns erros ainda por aqui, atrás
tem o que significa “Multa Moral”. (Mostra cartaz.) Fizemos uma pequena
caminhada, não vou dizer passeata porque foi uma caminhada; com portadores de
muletas, cadeirantes não tem como fazer uma grande passeata. Nós tínhamos
mobilizado 80 pessoas, mas o dia de terça-feira amanheceu chuvoso, e a maioria
não pôde comparecer. Nós fizemos uma caminhada da Rua Siqueira Campos até a
Prefeitura, depois fomos até a Secretaria de Acessibilidade. Saiu uma pequena
matéria no Jornal do Comércio, na página do Fernando Albrecht sobre a “Multa Moral”, a caminhada.
(Mostra jornal.) Tem uma foto de alguns, 10 ou 12 pessoas, mas tínhamos 100
pessoas entre cadeirantes e pessoas com as suas bengalas.
A
minha mulher sempre me acompanha em todo lugar. Eu devo informar os senhores de
que ela está em cima de uma cama hospitalar, já no fim da sua bonita e linda
carreira de vida. É muito difícil, eu fui presidente até há pouco tempo, saí
por causa disso, por um problema muito grave, que é a ataxia espinocerebelar,
que é uma doença nova.
Srs.
Vereadores, pessoas que me ouvem, pessoas das galerias com o cartaz do “Multa Moral”
na mão; eu acho que o motorista do ônibus que apanha os portadores de
deficiência nos seus bairros, nas ruas, devia ter um poder de polícia também.
Fui eu que obriguei um motorista de ônibus a parar em frente a uma guarnição
militar, senão ele não teria parado. Obriguei-o e disse que ia pular no pescoço
dele se ele não parasse. E dois rapazes e uma senhora foram retirados do
ônibus. Se você viaja daqui para Santa Catarina e faz qualquer coisa dentro do
ônibus, o motorista para na Polícia Rodoviária e pede para retirar você do
ônibus, ele tem poder para fazer isso. Acho que os nossos motoristas da EPTC e
das empresas privadas teriam que ter esse poder também. Fechariam a porta e se
dirigiriam a uma delegacia de polícia ou ao primeiro carro da Polícia Militar
para mostrar o escárnio que as pessoas com deficiência sofrem. A “Multa Moral”
é isso, não tem poder de arrecadar dinheiro, mas é um alerta à população. É
muito simples e pode ser encampada pela Prefeitura ou por entidades. As
entidades de idosos e portadores de deficiência já encamparam a ideia. De
qualquer maneira, eles vão sair colando isso aqui nos vidros e nas portas dos
carros. Ou, então, riscando, como fez a D. Delma, riscando mesmo, com ferro,
para ele ter que pintar aquela cadeirinha bonitinha que a gente desenhou na
porta do carro dele. É difícil falar isso, mas é o momento.
Eu
quero agradecer aqui também às pessoas que vêm com muita dificuldade para cá: a
D. Delma Ribeiro – espero que a senhora não faça mais isso, D. Delma, riscar o
carro das pessoas! –, o Geraldo Niederauer, futuro presente da AAPPAD, um homem
incansável, que anda com duas muletas; a Pietra, também, que é portadora de
ataxia; o Flávio, marido da Heloísa, que está do lado e é portadora, e a mãe,
D. Teresa; a Sonia Marchetti, que é do INSS, a quem eu quero agradecer a
presença; e a D. Ivone Vieira, que é da Associação dos Idosos.
Vamos
refletir sobre isso, vamos tentar fazer com que a população se alerte um pouco
também, e que as associações, os shoppings,
os lugares onde há vagas para deficiente, ou uma loja em frente, ou o
jornaleiro nos ajudem a colocar isso quando virem que nenhum dos carros tem a
carteirinha que é concedida pela Secretaria Especial de Acessibilidade. É uma
campanha que a gente pode lançar aqui e passar para o resto do País, porque a
dificuldade no País é igual ou pior do que aqui.
Então
é isso. Eu quero agradecer mais uma vez, agradecer ao Ver. Comassetto, à Sofia
Cavedon por...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Convidamos o Sr. Clemente Viscaíno a
sentar à Mesa. (Pausa.)
O
Ver. Pedro Ruas está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PEDRO RUAS: Obrigado, Presidente Todeschini.
Cumprimento os integrantes da Mesa, claro que, particularmente, o Clemente
Viscaíno, que conheço de tantas lutas, e a Delma Ribeiro; é uma honra encontrar
a Delma, sempre lutadora, uma guerreira... Delma! Presidente, ela não está me
olhando agora. Por favor, Presidente, chame a Delma Ribeiro...
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Sra. Delma! Sra. Delma, o Ver. Pedro Ruas
solicita a sua atenção.
O SR. PEDRO RUAS: Apenas para fazer o registro, Delma
Ribeiro, de homenagem à tua luta, de homenagem a todos os que estão à Mesa, ao
que foi dito pelo Clemente Viscaíno. Em homenagem à tua luta, Delma Ribeiro,
que eu conheço particularmente. Em nome da Fernanda Melchionna – que, aliás,
Presidente, de hoje até quarta-feira está licenciada para tratamento de
interesses particulares, vou entregar o Requerimento –, mas fica o registro da
Bancada do PSOL de apoio a essa luta que, sem dúvida, é um dos episódios mais
importantes de afirmação da cidadania.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini;
meus amigos Clemente Viscaíno, Geraldo Niederauer e a nossa representante do
INSS; essa caminhada que vocês vêm construindo em nome de uma sociedade que
inclua é uma caminhada longa e tem que se ter muita persistência. Eu tenho
acompanhado, dia a dia, a dedicação e as dificuldades que temos. Agora, no
último dia 25, foi registrado o Dia Municipal da Luta Contra a Ataxia
Dominante, e lançada esta campanha como um sinal de alerta, como um pedido de
socorro, como um apelo para que a sociedade perceba que as pessoas com
deficiência não são invisíveis, elas são e estão em todos os lugares.
Nós
aprovamos aqui nesta Casa, no ano passado, o Plano Diretor de Acessibilidade, e
nós estamos aguardando que a Prefeitura Municipal coloque isso em prática, para
que as pessoas com deficiência consigam se locomover pela Cidade, com dignidade
e com os direitos já adquiridos.
Quero
registrar aqui a minha indignação com o trato, nesta Casa, que é dado no
estacionamento às pessoas com deficiência, porque, mais de uma vez, já alertei
nesta tribuna que pessoas que não têm autorização estacionam, ocasionando um
prejuízo. Se nós fazemos as leis, e elas não são respeitadas aqui dentro, onde
serão?
Meus
parabéns! Um grande abraço a todos vocês e boa luta. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): A Ver. Sofia Cavedon está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento, pela oposição.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Todeschini, que preside os
trabalhos; prezados Clemente e Geraldo; todos os homens e mulheres que aqui
estão corajosamente chamando a atenção da sociedade para um tema que ainda é
delicadíssimo, estratégico, que se trata de vida, e que é banalizado; esta é a
realidade: as pessoas ainda acham uma bobagem. Aliás, acham uma excrescência,
muitas vezes, a reserva de vagas para pessoas com deficiência.
Eu
estava na frente de uma Escola Projeto e vi a indignação de uma mãe com uma
criança com deficiência porque a vaga estava ocupada, e ela disse que estava
sempre ocupada por pessoas que não têm deficiência.
Então,
nós, na verdade, estamos enfrentando um problema cultural seriíssimo, um
problema que é implementado, que é fomentado pelo capitalismo, o
individualismo, o egocentrismo, a homogeneidade, essa coisa de que quem é
diferente que se vire e que saia do nosso caminho. Então, eu quero dizer que
não existe sociedade democrática se nós não alterarmos essa condição.
Eu
acho que isso é duríssimo. Acho que, para a pessoa que um dia recebe uma multa
moral, é muito duro; é muito duro, e acho que temos que nos multiplicar com
essas plaquinhas na mão e fazermos isso em toda a sociedade: multiplicar,
chamar atenção, cobrar postura ética, postura de solidariedade, de humanidade.
Eu
quero parabenizar a AAPPAD. A AAPPAD, dessas entidades, dessas instituições
todas que atuam com pessoas com deficiência, talvez seja a mais novinha, mas
tem sido liderança, tem sido criativa, presente no Parlamento, percebeu que o
poder tem que ser ocupado por quem compreende, está tencionado e vive o problema.
Então, parabéns, contem com este Parlamento, e vamos pensar outras atividades
que alterem cultura. E alterar cultura não é fácil, é uma luta de médio e longo
prazo, mas vocês estão nessa história e mudarão a vida de muita gente,
inclusive dos que hoje não perceberam que têm que reservar vaga, que tem que
cuidar do outro.
Parabéns. Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Valter Nagelstein está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr.
Presidente, Ver. Carlos Todeschini; meu caro Clemente Viscaíno, senhoras e
senhores, o nosso orador da tribuna toca num tema que é uma espécie de chaga,
de ferida aberta. E não diz respeito somente aos portadores de ataxias, mas, de
forma geral, a todas as deficiências físicas.
Nós temos um traço cultural que, infelizmente,
precisa ser combatido no nosso País. Falamos isso – e tenho subido à tribuna
constantemente –, pois parece que no nosso País se reclama do descumprimento
das leis, mas o descumprimento chega até a porta; parece que, muitas vezes, as
pessoas não olham para dentro de si, não olham para as suas casas e não acham
que isso valha para elas próprias. É uma questão educacional, é uma questão
cultural; portanto, é uma luta.
Eu me lembro que, há pouco tempo, tivemos aquela
tragédia no Japão, com famílias inteiras, cidades inteiras destruídas pelo tsunami,
e se via nos jornais, nos noticiosos, que as pessoas, pacientemente,
educadamente, civilizadamente, aguardavam nas filas, e ninguém passava na
frente um do outro. Aqui no nosso País, há esta chaga, essa ferida apodrecida
da sociedade brasileira, que é essa mania de querer tirar vantagem, de querer
andar na frente, em que não se respeitam nem os deficientes físicos.
Então, acho que esta campanha é extremamente
meritória. Quero cumprimentá-los e dizer que é uma luta de vocês, uma luta de
uma Casa como a nossa, que é um Legislativo que tem que fazer leis, mas não
adianta fazer leis se a sociedade não se dispõe a cumprir essas leis. Portanto,
nós temos uma tarefa enorme, educacional, uma espécie de Desafio de Sísifo: nós
empurramos uma pedra para cima de uma montanha e, no dia seguinte, ela está
aqui embaixo de novo, mas nós devemos, permanentemente, continuar empurrando. E
vocês têm esse grande desafio e esse grande mérito. Portanto, quero
cumprimentá-los em nome da nossa Bancada, do Ver. André Carús, do Ver. Idenir
Cecchim, do Ver. Haroldo de Souza e em meu nome. Parabéns, que a luta seja
contínua, que a luta seja de sucesso, e o PMDB vai estar ao lado, forte, dando
o apoio que precisa ser dado. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Apregoamos o Requerimento para Licença para Tratar de Interesses
Particulares nos seguintes termos (Lê.): “Requeiro, nos termos do art. 218,
inc. VII, do Regimento desta Casa, Licença para Tratar de Interesses Particulares,
de 27 de setembro de 2012 a 3 de outubro de 2012. Sala das Sessões, 27 de
setembro de 2012. Ver.ª Fernanda Melchionna.” Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam o Pedido de Licença permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro que as notas
taquigráficas da manifestação do Sr. Clemente Viscaíno e dos Srs. Vereadores
sejam encaminhadas à EPTC, e que a Casa faça uma sugestão formal no sentido de
que a EPTC faça uma formação com todos os agentes de trânsito e adote a Multa
Moral. Sugiro que, além de aplicar a multa prevista no Código, que a EPTC, que
está nas ruas, aplique, também, a Multa Moral. Assim, teremos volume, maior
severidade e capacidade de interferência no tema. É a sugestão que faço, que a
Casa assuma este tema. Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Certo, está deferida a sugestão do
encaminhamento das notas taquigráficas à EPTC. Não há mais inscritos.
Suspendemos
os trabalhos para as despedidas, com os nossos cumprimentos à AAPPAD.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h51min.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini – às
14h52min): Estão
reabertos os trabalhos.
O
Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, público que nos assiste das galerias e pelo Canal 16, quero
aproveitar para agradecer ao nosso Partido que nos cede este tempo para que
possamos falar sobre uma licitação na Empresa Carris. De antemão, quero pedir
ao Ver. João Antonio Dib, para facilitar a sua vida, que comece a procurar o
número da Carris no seu celular, porque, certamente, o senhor vai ligar para o
Presidente da Carris, depois ou durante o nosso pronunciamento.
Quero
falar a respeito de um cidadão de quem muito se falou aqui durante a CPI do
Instituto Ronaldinho Gaúcho: o Sr. Italgani Mendes, que, quando veio depor,
disse que não fazia parte do Instituto, era apenas um consultor. Pois o Sr.
Italgani Mendes continua muito bem abrigado no seio da Prefeitura, pois, com
todos os problemas do Instituto Ronaldinho Gaúcho, Ver. Nelcir Tessaro, o
Instituto Nacional América, o INA, foi perdendo o seu espaço por diversos
problemas, não só no Instituto Ronaldinho Gaúcho, mas também com o Governo
Federal, o Sr. Italgani construiu uma nova instituição, o Instituto Eccos, que,
por sinal, era um clube de futebol de Camaquã, que foi transformado numa
instituição, e, logo a seguir, participou de uma licitação, Ver. João Antonio
Dib, na Carris, para estágios. E como o Instituto Eccos era originário do
Instituto Nacional América, inclusive está no mesmo endereço, Ver. Nelcir
Tessaro, ele, para participar da licitação, precisava apresentar atestados de
estágios; então, apresentou dois atestados que eu tenho aqui na minha mão.
(Mostra dois atestados.) Vou passar aos Vereadores que desejarem; um da GHB
Marketing Esportivo, e um atestado da Federação Gaúcha de Futebol Amador. Estes
são os atestados que o Instituto Eccos apresentou, e foram representados pelo
Sr. Italgani Mendes. Só que o Presidente do Instituto Eccos, que está em
Camaquã, mora em Porto Alegre, e não sei por que foi ser Presidente do
Instituto em Camaquã. Mas quanto aos dois atestados apresentados, um deles, por
coincidência, a GHB Marketing Esportivo também participou de um atestado do
Instituto Nacional América na licitação da qual o Instituto Ronaldinho Gaúcho
participou, para que vencesse a licitação, e participar dentro do Instituto
Ronaldinho Gaúcho. Então, as coincidências continuam acontecendo.
Mais
ainda, Ver. João Antonio Dib: os dois atestados são frios, pois essas duas
empresas só existem no papel, porque, fisicamente – e aí eu quero discordar de
V. Exa. quando diz que os Vereadores não sabem investigar e não fiscalizam como
deveriam. Eu fui aos dois endereços que constam nos atestados, e, por
coincidência, a empresa GHB – que apresentou atestado tanto para o Instituto
Ronaldinho, quanto para a Carris – funciona em Guaíba. Fui até lá, e constatei
que existe uma empresa de contabilidade, e não a GHB. Só que o dono da empresa
de contabilidade, o Sr. Márcio Silveira da Costa, por um acaso, também assina
pela GHB! Perguntei-lhe onde estava a empresa GHB, e ele não sabia. Só que a
GHB é uma empresa de contabilidade que forjou um atestado. Assim como a Fundação
Gaúcha de Futebol Amador, que consta no atestado como tendo sede em Porto
Alegre, também não existe, ninguém conhece. O documento é assinado por Márcio e
Jenifer, esta que trabalha para o Márcio. Então, tudo forjado, tudo criado e
assim vão ganhando as licitações, como a da Carris. Então, das duas uma: ou a
Carris não olhou os documentos, ou mandaram fazer vista grossa para que o Sr.
Italgani Mendes – do PMDB, assim como o Presidente da Carris – ganhasse a
licitação. Portanto, entrarei, mais uma vez, no Ministério Público, pedindo o
cancelamento dessa licitação, com a apuração dos fatos...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. MAURO PINHEIRO: ...Obrigado, Presidente. Espero que a Carris reveja essa
licitação, pois são R$ 80 mil para estágios que, certamente, o Instituto Eccos
não teria condições de vencer; venceu com documentos falsificados. Espero que o
Prefeito tome uma atitude e reveja essa licitação. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(O
Ver. Mauro Zacher assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. NELCIR TESSARO: Ver. Presidente, Mauro Zacher; colegas
Vereadores, Vereadoras; pena eu ter outro assunto, não tão importante quanto o
seu, Ver. Mauro Pinheiro, mas quero cumprimentá-lo pela investigação, pela
persistência em buscar a verdade.
Venho
a esta tribuna, hoje, para me manifestar sobre o que está escrito em um jornal
que circula em nossa Capital no dia de hoje. Eu gostaria que as eleições em
Porto Alegre, Ver. Mauro Zacher – se pudéssemos legislar nesse sentido – fossem
todos os anos, porque assim teríamos inaugurações de obras todos os anos, e a
Cidade seria muito boa, não somente em período eleitoral. Eu estou vendo aqui
que a Prefeitura reabre amanhã a UPA da Zona Norte e o antigo Hospital
Independência – isso uma semana antes das eleições! Só que, na sequência da
matéria, diz que, embora a inauguração, não há certeza de que irão funcionar
para o público a UPA da Zona Norte e o Hospital! São inaugurados e não poderão
ser usados! Na matéria, ainda diz o Secretário da Saúde que pode demorar mais
alguns dias para o funcionamento. Procurado pelo Jornal Metro, o Secretário
Municipal da Saúde, Marcelo Bosio, disse que não pode se manifestar sobre esse
assunto; ele está proibido de falar sobre quando vão funcionar, só sabe que vão
inaugurar – como todas as obras-papéis de Porto Alegre que estão chegando.
Lamentável! E nessa mesma edição, há a reportagem sobre a nova iluminação do
túnel, que custará R$ 670 mil! Mas foram gastos R$ 3,2 milhões para colocarem
aquelas camadinhas de asfalto, que não acabaram com as goteiras que ainda têm
lá dentro. Ver. Mauro, colocaram as lâmpadas naquele dia, mas esqueceram de
fazer a licitação, lembraram agora às vésperas da eleição. Serão R$ 670 mil
para colocar as luminárias onde já tem todo o cabeamento! Convenhamos, é a
campanha milionária nas ruas. Lamentável o que o Executivo está fazendo, por
isso eu digo: vamos fazer eleição todos os anos, porque é muito bom para a
Cidade. Nesse sentido, Vereador Líder do Governo, fiz um Pedido de Informações
ao Executivo, Presidente Mauro Zacher, no dia 15 de outubro, às 13h50min36s,
que enviassem a relação que saiu no jornal Zero Hora sobre as 45 ruas que
seriam pavimentadas – quais eram do OP, qual o recurso e quais as licitações.
O
art. 98 do nosso Regimento Interno, Vereador-Presidente, diz que, quando vence
o prazo, os Pedidos de Informações não atendidos serão reiterados pelo
Presidente, sendo dado conhecimento do fato ao Plenário. E não foi dado
conhecimento a este Plenário que o Executivo não atendeu, Ver. João Antonio
Dib, a esse Pedido de Informações que está aqui. Não atendeu! Já foi reiterado,
e ainda não veio. Completam 45 dias amanhã. Sabe por quê? Porque não pode
responder, porque nós vamos investigar.
Presidente,
gostaria de ter a tolerância de um minuto para concluir, como o Ver. Mauro
teve. Todos conhecem a Rua Dea Coufal, a rua do Restaurante Bologna, e sabem há
quantos anos aquela rua não é pavimentada? Na sexta-feira da semana passada, eu
fui até a Zona Sul, e lá descendo pela Rua Dea Coufal, pensei: “Pô, asfalto
novo!” Falei com uma empresária que tem ali uma imobiliária, na descida, à
esquerda, que me disse: “Pois é, aqui nesta comunidade esta obra não é do OP,
mas agora asfaltaram”. Fui descendo, e quando cheguei próximo à Av. Tramandaí,
vejo a Kombi de um candidato circulando pela Cidade, que anunciava no microfone:
“Esta obra está sendo realizada graças ao Secretário da SMOV, que intercedeu
pela população”. Um candidato, que era Secretário da SMOV! Eu não pude
retornar, porque eu tinha uma gravação. Fui ao Ministério Público, e ele está
investigando, mas ele queria uma gravação. Lamentável, Cecchim, que eu não pude
gravar.
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. NELCIR TESSARO: ...Lamentável! Nada contra o Líder do
Governo, mas se o Ver. João Antonio Dib, que sempre foi diligente, fosse o
Prefeito, o Pedido de Informações viria para esta Câmara em 15 dias. Eu conheço
o Ver. João Antonio Dib e ele sofre aqui, porque nós o pressionamos como Líder
do Governo, já que não somos atendidos nessas questões que temos que demonstrar
para a população. Já são 45 dias! E não vão prestar a informação até as
eleições, sabem por quê? Porque nós vamos saber aqui todas as 45 ruas em que as
casas estão estampadas de placas na Cidade. Será que agora, nós, 36 Vereadores,
vamos nos curvar e deixar essa máquina pública ser utilizada para campanha
política? Será que é isso que nós queremos? Eu gostaria que, amanhã,
sexta-feira ainda, eu recebesse essa informação. Eu gostaria que respondessem,
porque na segunda-feira vou encaminhar...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado, Ver. Nelcir Tessaro.
O
Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores; Ver. Nelcir Tessaro, se nós formos olhar as obras
inauguradas que não foram concluídas, tenho o maior exemplo aqui no Rio Grande
do Sul: o ex-Presidente da República, Lula, inaugurou o trajeto do Trensurb até
Novo Hamburgo dois anos antes de um passageiro embarcar! O ex-Presidente Lula,
que acertou sobre muitas coisas, mas que mentiu sobre outras tantas, inaugurou
600 casas em São Leopoldo, entregando a chave para uma senhora que, até hoje,
não recebeu a casa! Isso é inaugurar coisa de papel!
Eu
escutei o Ver. Mauro Pinheiro – acho que ele tem algum problema pessoal com o
Sr. Italgani – e teremos de chamá-lo de “sherlock pinheiro”, porque sempre está
fazendo investigações; e a coisa é pessoal! Eu só estou respondendo, porque ele
tem uma mania danada de falar “Italgani, do PMDB”. Se nós falarmos de todos os
ladrões do PT, não haveria tempo suficiente. Ladrões atestados pelo Supremo
Tribunal Federal. Então, eu acho que tem que investigar, Vereador, tem que
investigar a coisa pública. Está certo, só não pode pessoalizar. Eu já estou
preocupado que esse senhor tenha tido alguma desavença lá no “valerioduto”; a
escola de como fazer sacanagem para tirar dinheiro público nasceu lá no
“valerioduto”, que agora o Supremo está condenando. Só imaginem ouvir ou falar
do Sr. José Dirceu, o ídolo do Ver. Mauro Pinheiro! E o Vereador vem aqui
cobrar uma licitação – e houve a licitação. Isso o senhor conferiu se houve a
licitação; deve ter havido. Acho que, se houve atestado frio... atestado frio
tem que ser... para isso o senhor conte com o meu apoio: não pode haver. Agora,
o senhor fazer ilações de que o presidente é do PMDB, de que o fulano é do
PMDB! Imagine se eu fizesse ilações com V. Exa. dizendo: olha, o Zé Dirceu, o
Genoino, o cara que levou dinheiro na cueca, eram todos do PT! Acho que o
senhor não é igual; eu o conheço, o senhor é um homem sério, mas o que o senhor
faz aqui na tribuna seria isto: “Olha, o Seu Mauro Pinheiro, o José Dirceu e o
homem que roubou dinheiro e guardou na cueca são todos do PT!”
Falta
tempo para fazer a lista deles. E tem condenação. Volto a afirmar, a Bancada do
PT não é culpada – “eu não faço” –, mas as condenações estão chegando aqui
pertinho: chegaram a Gravataí, onde o Prefeito não pode concorrer – problemas
–, já está condenado; em Alvorada, a mesma coisa; em São Leopoldo está dando
reboliço. Todos do PT! Mas não são iguais ao Ver. Mauro Pinheiro, o Ver. Mauro
Pinheiro não tem nada a ver com isso, e ele também é do PT. Então, tem-se que
separar o joio do trigo; não é porque é do PT, do PP ou do PMDB que se chega
aqui, levianamente, e se faz uma ligação, Ver. Mauro Pinheiro. Isto não se faz,
pegar pessoas que não tem nada a ver!
Tem
que fazer a confirmação sobre se é ou não é frio o atestado? Tem que fazer;
agora, fazer a ligação “fulano é do Partido, sicrano é do mesmo Partido” não
dá! V. Exa. leva uma desvantagem enorme no momento, porque não é levar ao
Ministério Público; essa turma de V. Exa. já foi para o Ministério Público, já
foram julgados e estão prestes a serem algemados – algemados! E aí, Vereador,
eu não vou vir aqui dizer “olha, os teus amigos, Mauro Pinheiro, você e os
outros são...”; não, eu virei aqui dizer: Ver. Mauro Pinheiro, essa turma não é
igual a Vossa Excelência. Eu o conheço, o senhor é um homem trabalhador, um
homem lá da Zona Norte...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente
concede tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. IDENIR CECCHIM: ...O Ver. Mauro Pinheiro é lá da Zona
Norte, e eu não posso compará-lo com essa turma, de quem já citei os nomes
aqui. Mas são muito mais! Ver. João Dib, quantos estão nessa lista? E é do
Oiapoque ao Chuí a mesma prática! Parece que tem um cursinho lá, parece que tem
um cursinho para roubar o dinheiro do povo. Parece! Mas acho que aqui, na
Bancada, não chegou esse cursinho. Vocês são Vereadores sérios. Eu sei que
vocês são Vereadores sérios e jamais farei como V. Exa. faz aqui levianamente,
seguidamente.
O
senhor chegou a ter a petulância de dizer: “O Pedro Simon é do mesmo Partido do
fulano”. Claro, é o maior Partido do Brasil! Como não vai ser? Se numa família
nós temos o irmão desgarrado, imagina num Partido do tamanho do Brasil. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente,
Ver. Mauro Zacher; vivo um momento diferente na minha vida legislativa... Nunca
vi uma Sessão Legislativa tão tumultuada, em época de eleições, como esta. Mas
há uma regra que eu vou sempre respeitar: ninguém pode crescer diminuindo os
outros; porque, se crescer diminuindo os outros, de repente cai.
Então,
neste momento de eleição, o Ver. Mauro Pinheiro vira detetive. Vai lá, faz uma
série de acusações. Mas, como ele se dirigiu a mim, eu vou dizer que não vou
perder o meu tempo. Se ele acha que está errado, ele deveria ir à Polícia!
Documento falsificado! Eventualmente, farei um contato com a Companhia Carris
para dizer: olha, o Ver. Mauro Pinheiro “detetivou” – não sei se existe esse
verbo – e chegou à conclusão que os dois atestados apresentados eram falsos. Eu
não posso fazer nada diferente; ele disse!
Quanto
ao Ver. Tessaro, também vamos considerar o período eleitoral. Evidentemente,
não estou dizendo que ele está certo ou errado. O prazo, realmente, é de 45
dias. Não sei qual foi dia que saiu da Casa; começa a contar no dia em que
chegou lá na Prefeitura e não no dia em que foi feito o pedido. Eu não sei e
também não vou me preocupar com isso, mas vou procurar saber.
Se não fosse o período eleitoral, tenho certeza
de que estaríamos tratando de problemas sérios da Cidade, trataríamos de votar
os projetos que precisam ser votados. Ontem, não houve quórum para entrar na
Ordem do Dia. Então, na realidade, parece-me que estamos desperdiçando tempo,
tentando diminuir os outros para crescer. Isso não é um bom trabalho, não vai
frutificar. Quem se apoiar
nos outros para subir, de repente cai, não esqueçam! Eleição vai ter daqui a
dois anos de novo, mas de qualquer forma é bom lembrar que não dá para crescer
diminuindo os outros. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher;
colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores; o Ver. Cecchim tem esse
hábito de falar e sair do plenário para não ouvir a resposta sobre os temas
principais com que devemos nos preocupar sempre. Eu tenho, com muita honra,
buscado representar, aqui nesta Casa, o papel de Liderança do meu Partido, o
Partido dos Trabalhadores e da oposição, sempre com um grau de qualidade no
debate. Eu tenho dito aqui nesta Casa que é óbvio que os Partidos políticos não
são feitos de anjinhos: são feitos de homens e mulheres que acertam e erram –
todos os Partidos políticos; em todos eles, há aqueles que trabalham muito, com
honestidade, e muitos outros não alcançam essa qualidade e deixam a desejar.
Para isso existem as eleições, Ver. DJ Cassiá, quando a população pode julgar
esses processos sempre. Agora, nós temos que nos preocupar sempre, sempre, com
os temas da municipalidade diante da política federal, diante da política
estadual, porque uma cidade não faz nada sozinha. O principal problema de Porto
Alegre, todos nós estamos cansados de saber, a população está cansada de saber,
e principalmente a população carente, é a Saúde pública, ou melhor, como eu tenho
dito aqui a falta de Saúde pública. Bom, agora, na Saúde pública, na gestão do
Prefeito José Alberto Fogaça, foram desviados R$ 10 milhões pelo Instituto
Sollus. Por que o Ver. Cecchim não vem aqui propor o debate, fazer esse
dinheiro ser devolvido aos cofres públicos Municipais? Esse é o debate que
temos que fazer. O Ver. Cecchim também tem que trazer aqui as contas do
Departamento de Esgotos Pluviais, o DEP, pois o seu Secretário está respondendo
judicialmente por ter gasto, de uma forma indevida, um grande valor, para fazer
aqueles taludes ali do arroio Dilúvio. Tem que vir aqui responder, porque o Sr.
Ernesto é dos quadros do PMDB, e todos sabem que é um dos operadores, assim
como se chama, do PMDB. Bom, se quiser fazer esse debate com profundidade, Ver.
Tessaro, certamente nós aceitaremos.
No
último dia 5, Ver. Tessaro, o Diretor do DMLU, o Moncks, que também é do PMDB, deveria explicar por que o preço do lixo,
que até dezembro de 2011, era R$ 70,00 o metro cúbico, passou para R$ 75,00 em
2011, e, em maio de 2012, para R$ 81,60. E agora, na semana passada, a Justiça
suspendeu uma licitação que elevaria o preço do lixo para R$ 123,00 a tonelada.
Então, é um aumento de 70% a 80%. Bom, é uma pasta do PMDB, e não é problema
que seja do PMDB, porque aqui o nosso papel é fazer a fiscalização. Será que
nós precisamos abrir um debate sobre os sistemas, com mais profundidade na
Casa, para que possamos, dentro da municipalidade – “dentro do nosso quadrado”,
como diz o ditado popular –, fazer que a Cidade avance. No programa no Minha
Casa, Minha Vida, eu tenho dito aqui, Porto Alegre é a 16ª Capital em
desempenho na construção habitacional. Bom, e querer falar do Presidente Lula
ou da Presidenta Dilma, que todos os Partidos aqui, com rara exceção, ajudam a
construir e dar sustentação, é “dar um tiro no pé”! Ou será que não vamos
lembrar da “privataria” tucana, que vendeu o patrimônio público, e ninguém sabe
para onde foram esses recursos, Ver. João Antonio Dib?
Quero
dizer aqui ao Ver. Idenir Cecchim e aos demais colegas que é claro que, no
período eleitoral, a maioria dos temas são contaminados, o nervosismo toma
conta, mas nós temos que ter a tranquilidade e a sensatez de fazer um debate
que venha sempre a qualificar a Cidade. Eu creio que, neste momento, nós temos
muitos temas em que a Cidade tem que avançar. Vocês sabem que uma coisa é o marketing, inclusive o eleitoral, dos
diversos Partidos, que conseguem vender uma boa imagem, mas, por exemplo, entre
a boa imagem da Saúde e a realidade, existe um abismo no meio. E esse abismo
não é o marketing que vai resolver, é
a política, é o compromisso, é a aplicação dos recursos e a gestão correta. Eu
venho aqui, em nome do Partido dos Trabalhadores, com muito orgulho, trazer e
propor esse debate aos colegas Vereadores, sempre alto e bom tom. Muito
obrigado, um grande abraço.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Eu peço licença aos Vereadores que estão
inscritos em Liderança para que possamos agora ingressar no período temático de
Comunicações. (Pausa.) Então, com a licença do Ver. João Antonio Dib, passamos
ao período temático de
Hoje, este período é destinado a debater o
assunto “Padre Landell de Moura: 100 anos depois”, trazido pelo Sr. Luciano
Klöckner, palestrante de hoje.
Convidamos
para compor a Mesa: o Sr. Luciano Klöckner e a Sra. Maria Fernanda Bermudez,
Coordenadora-Geral do Gabinete de Inovação e Tecnologia de Porto Alegre –
Inovapoa.
(Procede-se
à apresentação de vídeo.)
(O
Ver. Haroldo de Souza assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Quero saudar, carinhosamente, à minha
esquerda, a Sra. Maria Fernanda Bermudez – o mundo é pequeno, ela é filha do
nosso querido Renato Cardoso, outro radialista – e, à minha direita, também um
homem com quem eu trabalhei na Rádio Gaúcha, que é o palestrante de hoje, o Sr.
Luciano Klöckner.
O Sr. Luciano Klöckner, nosso
palestrante de hoje, está com a palavra no período temático de Comunicações.
O SR. LUCIANO KLÖCKNER: Boa-tarde. Um
homem em busca de reconhecimento. Caro Presidente, Líderes das Bancadas
Partidárias, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, autoridades e público aqui
presente, coube-me representar, neste instante em que transcorre a Primeira
Semana Municipal Padre Roberto Landell de Moura, um grupo de simpatizantes do
padre gaúcho e porto-alegrense, estimulados e coordenados pelo Inovapoa da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Grupo esse que, desde 2010, se reúne
visando a homenagear essa personalidade inventiva da nossa Cidade. E é
justamente em nossa querida Porto Alegre, banhada pelo Guaíba, na passagem do
século XIX para o século XX, que Padre Roberto Landell de Moura desenvolveria
um projeto marcado por incansáveis estudos e pela persistência em ver o seu
trabalho reconhecido pelos poderes públicos constituídos, o que só agora está
sendo feito, 151 anos após o seu nascimento.
Tachado de louco, maluco e outros rótulos
semelhantes, Padre Roberto Landell de Moura nunca desistiu de compartilhar a
fé, a ciência e o conhecimento. E, se pensarmos bem, de que adianta uma dessas
palavras isolada sem as outras? Fé, ciência, conhecimento. Sim, Padre Roberto
Landell de Moura soube o significado, na prática, de cada uma dessas palavras.
Teve fé inabalável na religião; nunca deixou de atuar nessa área. Cumpriu seus
compromissos de cristão: rezou missas, consolou aflitos, escreveu textos sobre diversos temas,
inclusive sobre o amor; amor que também tinha pelo conhecimento, amor que
demonstrava por Deus. E, certamente, inspirado por Ele, passou a penetrar nos
meandros da ciência, rabiscar inúmeros esquemas, a transmissão da palavra pelo
ar, sem fios, a emissão de imagens pelo éter, a foto da aura humana, ideias,
inventos e uma aplicação prática: melhorar a vida da humanidade; humanidade tão
sofrida pela espoliação de poder, pela exploração da miséria, pela
desonestidade, pela falta de princípios de aproximação do ser humano. Tudo que
Padre Landell desejava era uma vida mais justa para cada um de nós.
O
retrato da vida e da obra de Padre Roberto Landell de Moura é também uma
imagem, um pouco da trajetória das nossas vidas, dos obstáculos que enfrentamos
para estarmos aqui neste momento. Nutrimos ideias, procuramos colocá-las em
prática, acreditando piamente que vá melhorar nossa casa, nosso bairro, nossa
cidade, nosso mundo. E nem sempre vemos esse trabalho reconhecido, pela
incompreensão, pela inveja, por mesquinharias da alma que atinge o espírito do
ser humano. O sucesso de uns, parece representar um ferimento mortal para
outros. As boas ideias de uns, são derrubadas por quem não as teve. Alguém dos
presentes já experimentou esse sentimento alguma vez? Pois bem, Padre Roberto
Landell de Moura sentiu-se assim boa parte da vida dele. Vaidade? Sim! Por que
também não admiti-la? Mas, talvez, lá no fundo, tinha por objetivo, tão
somente, propiciar que o mundo se comunicasse melhor para diminuir as
distâncias, para que pudéssemos pensar menos no eu e mais no nós, para que
pudéssemos ter menos inveja e mais companheirismo, menos vaidade e mais
altruísmo. Enfim, do mundo dele, o importante é que possamos aprender as boas
lições.
E
assim, em nome do grupo, composto por mais de 40 entidades, e em nome do
próprio Padre Landell de Moura, agradecemos a atenção e a distinção desta Casa
do Povo, através da aprovação da Lei Municipal nº 11.179 de 27 de novembro de
2011, oficializando a Semana Municipal Padre Landell de Moura que estamos
comemorando hoje. Casa do Povo, sempre justa em reconhecer os feitos de quem
realizou muito por Porto Alegre. Muito obrigado. Viva o espírito inovador do
Padre Roberto Landell de Moura, e que ele permaneça sempre entre nós. Viva!
Para
concluir, neste espaço conferido ao grupo, convido todos vocês, através do
professor Daltro D’Arisbo, que está ali, a visitar, depois, a exposição de
rádios antigos. Porque para o professor Daltro tirar da casa dele... É uma
coisa que só eu sei, porque levamos para expor na PUC. É mais do que os filhos
dele... Não sei o que dizer, não é, Professor Daltro? São rádios desde 1922,
quando se realizou a primeira transmissão oficial no Brasil, no Rio de Janeiro;
o professor Daltro tem um receptor de rádio dessa época.
Também
convido todos para, no próximo dia 6 de novembro, às 18h, no Memorial do Rio
Grande do Sul, na Praça da Alfândega, para uma atividade integrada à programação
da Feira do Livro, o lançamento do e-book
“Por que Padre Landell de Moura foi inovador?” – Conhecimento, fé e ciência,
com textos de um grupo de simpatizantes e a edição da Editora da PUC.
Novamente, muito obrigado, senhoras e senhores Vereadores.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O
Ver. Adeli Sell está
com a palavra no período temático de Comunicações.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente; cumprimentando o
Professor Luciano Klöckner, cumprimento todos os visitantes que estão aqui para
esta atividade extremamente importante. Eu acho que este é um momento ímpar de
colocarmos à cidade de Porto Alegre o papel que teve o Padre Roberto Landell de
Moura para a ciência, para a universalização da cultura, colocando Porto Alegre
no mapa do mundo. Talvez muitas pessoas não tenham noção dessa dimensão, mas
acho que as poucas palavras do Luciano foram extremamente esclarecedoras.
Inclusive, se formos ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul,
aqui em Porto Alegre, que o Ver. João Antonio Dib conhece muito bem, haveremos
de encontrar ali peças que são impressionantes. Eu não tinha a dimensão do
valor histórico, da sua colaboração para a ciência e para a cultura, muito
menos do valor patrimonial que temos ali. Não sei se já foi possível
digitalizar uma parte, pelo menos, pois quando lá estivemos há dois anos
discutíamos a questão de que deveríamos fazer um movimento na sociedade para
ajudar o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul a fazer a
digitalização completa daquele material que é escrito a lápis. Os desenhos são
feitos a lápis e um dia isso vai se esvaindo, esmaecendo e se perdendo. Temos
uma contribuição do Padre Landell de Moura que precisa ser colocada em
evidência. Fico extremamente feliz em saber que teremos um e-book durante a
Feira do Livro para que a sociedade possa ter fácil acesso a esse material.
Creio que não apenas com a exposição, mas é sempre bom lembrar que a primeira
audição radiofônica do Brasil foi em 1922, mesmo ano da Semana da Arte Moderna
no Brasil. Sempre tenho essa questão da Semana da Arte Moderna, não apenas por
que fiz o Curso de Literatura na UFRGS, muito presente, mas na minha visão
histórica foi exatamente nas décadas de 20 e 30 que o Brasil construiu a sua
solidez em termos de Nação Brasileira. Depois da Primeira Guerra Mundial, antes
da Segunda Guerra Mundial, foi nesse interregno que o Brasil construiu essa
solidez. Há raízes, indiscutivelmente, na luta republicana. Há raízes profundas
de José do Patrocínio e de todos os libertadores do Brasil, mas a solidez da
Nação foi construída no interregno entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Quero
louvar instituições como a PUC e outras que têm trabalhado a memória cultural,
filosófica e cientifica do Rio Grande do Sul. Espero que todos possamos ajudar,
sempre que possível, não apenas a guardar essa memória, mas essa história,
incentivá-la para que as novas gerações, que hoje conhecem muito bem as
plataformas da Internet... Não se pode esquecer que nada disso seria possível sem
o avanço da ciência no fim do século XIX e início do século XX, e o rádio,
indiscutivelmente, teve um papel fundamental, assim como a televisão teve
alguns bons anos depois. Se nós estamos nesse patamar hoje, temos que também
reconhecer que, apesar da Internet, apesar do Facebook, nós, no Rio
Grande do Sul, temos uma cultura radiofônica; o rádio faz parte da história,
está tão enraizado em todos nós que ninguém se livra do radinho de pilha, seja
para ouvir o Haroldo no campo de futebol, seja como eu tenho na minha casa, não
tenho essa maravilha de tantos, porque um sumiu na minha história, mas ainda
guardo o rádio que o meu querido pai me deixou; guardo, não vendo e um dia vou
doá-lo para uma instituição. Para concluir, quero mais uma vez parabenizar o professor
Luciano e todos aqueles que colaboraram para que possamos ter essa Semana aqui
em Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. João
Carlos Nedel está com a palavra no período temático de Comunicações.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Ilustre Sr. Presidente, ilustre Ver. Alankardec, que nos
privilegia com sua presença neste plenário – meus cumprimentos, hoje V. Exa.
entra para os Anais da cidade de Porto Alegre como Vereador desta Casa, seja
muito bem-vindo. Quero cumprimentar o Dr. Luciano Klöckner pela sua excelente
palestra que nos fez aqui, sucinta e objetiva, mas que disse tudo. A gente vem
aqui depois de sua palestra e é difícil acrescentar alguma coisa; quero
cumprimentar a Sra. Maria Fernanda Bermudez, Coordenadora do Gabinete de
Inovação e Tecnologia – Inovapoa; quero cumprimentar também o Sr. Daltro de
Souza D’Arisbo, que nos brinda com essa exposição de rádios antigos aqui nesta
Casa.
Quero cumprimentar também a equipe do Gabinete de Inovação e Tecnologia de
Porto Alegre, Inovapoa, que aqui está presente: Juarez Pereira, Manolo Silveira
Cachafeiro e o jornalista Farid Germano Filho, que nos honram com suas
presenças.
Cem anos do Padre Landell de Moura, esse
sacerdote, esse cientista que nos trouxe essa grande inovação, esse grande
benefício para o mundo. E nós, na Câmara de Porto Alegre, Ver. Alankardec,
temos aqui algumas ações em nome desta homenagem ao Padre Landell de Moura. O
ano de 2011 foi consagrado nesta Casa como o Ano da Inovação Padre Landell de
Moura. Foi muito comemorado e ainda hoje estamos comemorando esse grande
cientista, esse grande sacerdote.
Também nesta Casa foi instituído como patrono da
Ciência, Tecnologia e Inovação no Município de Porto Alegre o padre cientista
Roberto Landell de Moura. Esse Projeto de Lei nº 11.193, de 6 de janeiro de
2012, é um Projeto de minha autoria, que com muita honra vi aprovado por esta
Casa e sancionado pelo Sr. Prefeito José Fortunati.
A Sra. Sofia
Cavedon: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigada, Ver. Nedel,
agradeço o aparte, para eu não utilizar o tempo inteiro. Quero dizer que
reconheço, na presidência da Casa inclusive, o envolvimento de V. Exa. nessas
homenagens, na construção desse processo. Quero aproveitar este aparte para
parabenizar o Grupo de Trabalho, as várias instituições envolvidas nessa
recuperação e nessa retirada da invisibilidade na história da construção e da
contribuição do Padre Landell de Moura. Discutimos a importância que tem a
nossa juventude, as nossas escolas, a Educação de se apropriarem do seu
processo de construção de conhecimento, dessa relação ciência e fé, tão
importante para a construção do conhecimento dos nossos estudantes. Parabéns a todo o grupo, contem
conosco. Que bom que está saindo o livro, e estamos às ordens para ajudar a
potencializar este trabalho.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Também nesta Casa existem outras
homenagens. Está sendo encaminhado, pelo Executivo, o Projeto Rua da Inovação,
que é uma homenagem ao Padre Roberto Landell de Moura. Eu quero cumprimentar o
Inovapoa por ter...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra no período temático de Comunicações, por cedência de tempo do Ver. João Antonio Dib.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Obrigado, Vereador. Quero cumprimentar o Inovapoa por ter trabalhado
muito para honrar o nome desse inovador, desse sacerdote, e por ter sugerido a
esta Casa várias ações, palestras, como a do Dr. Luciano Klöckner, por ter
feito exposições como esta que vamos ver ali no espaço frontal a este Plenário.
Também fiz uma
tentativa de criar o Título Honorífico de Patrono da Ciência e da Tecnologia,
que era concedido in memoriam ao
padre cientista Landell de Moura. Era um título único, porém o Processo foi
arquivado, pois o Regimento desta Casa não contempla esse assunto.
Da mesma forma, por
minha iniciativa, existe a Praça da Saudade, e estou colocando que essa praça
seja em homenagem ao sobrinho do nosso grande inovador, cientista e sacerdote,
o Dr. Guilherme Landell de Moura que, por muitos anos, honrou esse sobrenome e
dirigiu muito bem a Irmandade do Arcanjo São Miguel e Almas, cujas homenagens
nós também iniciaremos na
próxima semana.
Porto
Alegre deve estar extremamente honrada por esse cientista, esse sacerdote ter
nascido na nossa Cidade. É importante que a gente divulgue que realmente ele é
um porto-alegrense, que nasceu na antiga Rua de Bragança, atual Marechal
Floriano, se não estou enganado, e levou a nossa Cidade, o nosso Estado a tão
elevado grau de inovação, de conhecimento, de desenvolvimento da tecnologia
numa época de extremas dificuldades.
Quero
elogiar o Ver. Adeli Sell, que aqui me antecedeu e que também teceu loas a esse
grande sacerdote e cientista.
Em
Porto Alegre, no início do vídeo, apareceram várias pessoas importantes que
contribuíram com este Estado, com esta Cidade para o seu crescimento, para o
seu melhoramento, e o Padre Landell de Moura lá está, nesse rol de pessoas
importantes que este torrão gaúcho nos forneceu. Deus nos deu esta oportunidade
de eles aqui terem nascido.
E
nós, Professor Luciano, daqui para frente, vamos realmente verificar os novos
nomes que estão aparecendo, que estão ajudando o Rio Grande e a nossa Cidade a
crescerem e se fortalecerem.
Parabéns
ao Inovapoa; parabéns a Porto Alegre por homenagear esse grande sacerdote e
esse grande cientista. Muito obrigado e meus parabéns. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra no período temático de Comunicações.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Muito obrigado, quero cumprimentar os
nossos visitantes, o Luciano Klöckner e também a Maria Fernanda, do Inovapoa,
por trazerem a esta Casa este debate, esta proposição, esta homenagem para que
possamos fazer uma reflexão. A Semana Municipal em homenagem ao Padre Landell
de Moura, na verdade, é uma Semana Municipal de reflexão e de análise do avanço
tecnológico. E, sem dúvida nenhuma, Landell de Moura foi um grande visionário,
um grande cientista e um grande pesquisador que conseguiu, através da sua
persistência e de todo o enfrentamento que fez, inclusive filosófico, teológico
e tudo mais, demonstrar para o mundo – construindo e apresentando – essa grande
inovação tecnológica da comunicação e da informação.
E eu quero falar um pouquinho desse tema na
atualidade, porque, hoje, o tema da Tecnologia da Informação e Comunicação é o
que mais cresce no mundo, se expande, gera conhecimento e economia. Tanto que
está aqui a Maria Fernanda, de uma Secretaria que aprovamos aqui nesta Casa
para que ela venha colocar o Município no seio dessa discussão e elaboração da
Tecnologia da Informação e Comunicação. Tanto que, aqui nesta Casa, eu tive o
prazer de coordenar, junto ao Ver. Newton Braga Rosa, algo que conquistamos
para Porto Alegre, nada mais, nada menos do que uma sucursal da Feira de
Hannover, da CeBIT, ou seja, a BITS, para trazer para cá as grandes, médias e
pequenas empresas, mas que estão pensando a inovação no mundo para que possam
dialogar conosco.
Não é pouca coisa também o que as nossas
universidades estão fazendo, seja o senhor e o grupo da PUC, lá com o Tecnopuc,
seja a UFRGS, com todo o seu trabalho, e mesmo aqui no Vale dos Sinos, todo o
trabalho que está sendo desenvolvido no campo da Tecnologia da Informação e
Comunicação. Não é pouca coisa que nasceu aqui neste Município, junto com o
Governo Federal e Estadual, mas foi iniciativa do Município e do Governo
Estadual. Na época, a então Presidenta Dilma Roussef e o meu querido Deputado Estadual Adão
Villaverde fomentaram, e nasceu o Ceitec, a primeira fábrica de semicondutores
do hemisfério sul. Então, dessas inovações, dessas tecnologias nós precisamos.
E tem uma lei nesta Casa que trata das Repots, que é nós pensarmos o território
de Porto Alegre para que as empresas geradoras de Tecnologia da Informação e
Comunicação possam se instalar aqui. Vejam só, essa evolução nasceu lá com
Landell de Moura! Eu creio que este momento é um momento importante, e nós estamos
aqui formando muitos intelectuais na área da comunicação e da informação.
Eu
tenho uma grande preocupação que transmito aos colegas e aos formadores de
opinião de que nós temos que trazer para Porto Alegre, Ver. Braz, para que se
instale aqui, para agregar valor, que nós possamos construir aqui a tecnologia
e não exportar recursos humanos, mas exportar o conhecimento tecnológico com
valor agregado. Acho que esse é o grande desafio que temos no momento. Estamos
na Semana do Landell de Moura, proposta, construída e aprovada por esta Casa, e
o senhor representa muito bem o grupo que mantém isso vivo.
Quero,
então, em nome do meu Partido, o PT, deixar um abraço, contem sempre conosco.
Vamos propor e construir esse debate, Porto Alegre poderá ser a cidade da
inovação. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra
no período temático de Comunicações.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Cem anos depois,
uma das figuras que talvez tenha dado uma das maiores contribuições ao mundo,
dada a profundidade, dada a significação do que o seu invento representa,
representou e representará para a humanidade, foi o Padre Landell de Moura. Foi
pela criação desse instrumento, em função dele, pela sua matriz geradora que se
desenvolveram os processos que se seguiram. Quero saudar aqui a presença de
todos, em especial daqueles que estão articulando a Semana em homenagem, em
memória do Padre Landell de Moura. E aqui está muito bem centrado na colocação
feita pelo Professor: ciência, fé e conhecimento, porque são os três
fundamentos que criaram as condições para que se atingisse, como foi
efetivamente atingida, a criação do rádio. Ciência, a busca de fatores capazes
de provocar alterações, criações; o conhecimento para que aquilo que se cria
possa ser apropriado, e, em função disso, ser retransmitido para o futuro, de
geração para geração; e a fé. Eu acho que isso formaria o tripé da
intelectualidade do Padre Landell de Moura, cuja Semana se comemora. Devemos
todos nós aqui aproveitar estes momentos, exatamente neste espaço importante,
neste momento importante da Câmara, para chamar atenção, para fazer com que
tenhamos um pouco mais de estima pelos nossos grandes valores. É óbvio que nós
ainda não expressamos o que representou e representa Padre Landell de Moura
para a inovação e para a ciência. Portanto, receba, Professor, e o Inovapoa, a
homenagem do Partido Trabalhista Brasileiro, quando temos a rica oportunidade
de fazer uma reflexão sobre uma temática tão relevante e importante para a vida
das gerações, para a vida da Cidade, do País e do mundo. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Não havendo mais inscrições, encerramos o
tema específico de hoje: Padre Landell de Moura: 100 anos depois. Agradeço a
presença da Sra. Coordenadora-Geral do Gabinete de Inovação e Tecnologia de
Porto Alegre – Inovapoa –, Maria Fernanda Bermudez, e do Professor Daltro, que
também esteve presente e que é o responsável pelo museu.
Eu
queria comunicar a ele uma historinha muito pequena e rápida minha: eu tenho um
Zenith, olho mágico, verde, datado de 1950, que foi herança do velho. Se não
fosse o rádio, João Antonio Dib, evidente que eu não estaria aqui. Sair da
cabine de um caminhão e ser vereador não teria condições. Agradeço
profundamente ao Professor Luciano Klöckner pela sua presença, muito obrigado,
disponha desta Casa. Interrompemos os trabalhos por um minuto para as
despedidas. Muito obrigado. (Palmas.)
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h3min.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza – às
16h4min): Estão
reabertos os trabalhos. Nós temos inscrições para a Pauta, mas o Regimento
recomenda a verificação de quórum para continuar com os trabalhos de hoje.
Solicito a abertura do painel. (Pausa.)
(Após
o fechamento do painel eletrônico.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obedecendo rigorosamente ao Regimento da
Casa, como sempre, ao contrário de muitos que não respeitam esta sagrada Casa
Legislativa de Porto Alegre, eu estou encerrando a 93ª Sessão Ordinária da 4ª
Sessão Legislativa Ordinária da XV Legislatura. Tenham todos uma boa tarde!
(Encerra-se
a Sessão às 16h6min.)
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